quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Diálogo entre loucos

- Qual o sentido disso tudo?


- Não sei, há tantas respostas, mas há muito mais perguntas...
- Por que tanto mistério, tanto segredo?
- Uhm, talvez tenha um motivo para isso, talvez não.
- Já ouvi tantos motivos, tantas idéias, tantas verdades, qual podemos confiar?
- Talvez você deva escolher alguma e simplesmente confiar.
- Mas como posso confiar em invenções humanas como Deus e Ciência? Será que estou doente,louco?
- Muitos dirão que é loucura, pois eles precisam acreditar em algo, ou pelo menos acreditam nisso.
- Talvez eu também precise acreditar em algo, em alguma verdade.
- A verdade é que não há verdade.
- Bom, talvez eu possa acreditar nisso.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Medo Violento

o fora do normal
o medo irracional
a falta de compreensão
o medo sem razão.
o escuro ameaçador
o ódio e o rancor
o livro e o autor
a face sem pudor.
o deus e o demônio
a ditadura e a libertação
as amarras da ciência
e a arma em minhas mãos.
o medo de não ser
ter vontade e não poder
abrir os olhos e não ver
a violência do nascer.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Civilização

Não sinto mais minhas mãos,
Muito menos os meus pés.
Minhas costas cansadas se curvam para frente
E minha cabeça pesada despenca para baixo.
Mesmo com as amarras que insistem em me segurar
E o chicote a me açoitar, procurei por muito tempo uma saída
Mas nada encontrei.
Me privaram de tudo,
Até mesmo do direito de tirar minha própria vida.
Não achei uma saída e provável que nunca acharei.
Só me resta esperar, esperar minhas últimas forças se esgotarem
E com a face ao chão eu cair
E alí mesmo ficar
Até o mundo me consumir e a vida continuar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ah o slilêncio...

O sliêncio me consome
me faz abrir os olhos
me faz nascer.
O silêncio me consome
me faz fechar os olhos
me faz perecer.
O silêncio me prende
me faz chorar
me faz sofrer.
O silêncio me liberta
me faz feliz
me faz viver.


Gestos silênciosos, ações,
carícias e emoções.
No silêncio é que tudo acontece.
No silêncio é que tudo termina.
Ahh o slilêncio...

sábado, 30 de maio de 2009

Outros Olhos

Fecho os olhos e vejo
tudo o que eu nunca vira antes.
Abro os olhos e a cegueira me toma conta.
Daqui de cima posso voar
em direção ao infinito.
Quem sabe um mergulho, um último suspiro.
Sensações tomam conta de mim.
Fecho os olhos uma vez mais.
É o fim, enfim livre.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Céu Digital

Voando entre fios de alta tensão
com os olhos fechados
e os pés no chão.
Atravesso milhas e milhas de céu digital,
onde o infinito cabe na palma da mão
e a realidade acaba sendo apenas uma ilusão.
Posso ser tudo o que quero, posso ser tudo o que
você quiser, mas infelizmente não posso ser real.
Voando no céu digital
entre fios de alta tensão,
com os olhos fechados
e os pés no chão. 

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Marcas do tempo

Escravo do tempo
com todo o tempo que lhe resta
desde seu nascimento,desde sua prisão,
com o relógio no pulso, com algemas nas mãos.
Escravo da alma,dos desejos, das ações
que o forçam a andar para todas as direções.
Nada sabe ele sobre a vida
além das marcas que carrega
marcas de lutas,marcas de dor, de sofrimento,marcas do amor,
marcas que o tempo há de levar
para o infinito, ou até onde a vida deixar.